
Grasiela Brumano
Psicóloga / Clínica / Organizacional / Social / Institucional / Avaliação, suporte e intervenção Psicológica / Resolução de Conflitos / Encaminhamentos / Saúde Mental e Psíquica / Psicoterapia / Psicanálise / Psicopatologia
Psicóloga - CRP 04/49388


"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.
Carl Jung
Vamos falar sobre o TDHA na visão Psicanalítica
Na abordagem psicanalítica o TDHA não é visto como um transtorno e sim como um sintoma, uma forma de existir. Uma excitação no funcionamento psíquico que se diferencia do tempo cronológico.
O inconsciente se manifesta através de tentativas constantes de dar forma a conflitos internos turbulentos, vivências em um ambiente em que o sujeito se desenvolveu, havendo assim uma dificuldade no processo de simbolização.
O sintoma (comportamento) é uma mensagem, uma forma do corpo em manifestar o que a palavra ainda não alcançou, uma luta interna em se organizar, não é uma falha, e sim uma sobrevivência psíquica.
O indivíduo tentando se tornar inteiro em um mundo fragmentado, tentando preencher uma falta emocional, uma defesa, buscando estímulos constantes para aliviar sua angústia e frustração.
Algumas características comuns em pessoas com TDHA:
> Hiperatividade, desatenção, hiperfoco, impulsividade, agitação, problemas com tempo, esquecimentos frequentes, emoções intensas e rápidas, perda do foco com estímulos externos, dificuldade com organização e finalização de tarefas.
O TDHA não é preguiça, desinteresse, falta de vontade e sim um modo diferente do cérebro em manejar estímulos, tarefas, emoções e tempo.
Prática Clínica:
Na clínica o acolhimento e a escuta são fundamentais, ajudando o indivíduo a simbolizar, interpretar e elaborar suas experiências e pensamentos inconscientes conflituosos.
O foco não é corrigir o comportamento e sim escutar e compreender o sujeito por trás do sintoma como mensagem, o desejo, lapidar o sentido. A cura vem quando há a apropriação do seu sintoma e a escolha de como pode lidar conscientemente com ele.
A Psicanálise devolve ao TDHA o “Sentido ao Sintoma”.
Antes de ser diagnóstico, é EXPERIÊNCIA.
Antes de ser transtorno, é HISTÓRIA.
E, como toda história humana, merece ser narrada, não apenas corrigida.
Observação relevante:
A Psicoterapia Psicanalítica diverge com a medicação excessiva e precoce. Com diagnósticos rápidos e vistos como etiqueta. Tentativas de outros profissionais da área da saúde mental em reduzir o sofrimento subjetivo através da química cerebral, perdendo assim a singularidade do sintoma.